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5 desafios comuns ao crescimento das empresas familiares



 

5 desafios comuns ao crescimento das empresas familiares

Especialistas reúnem dicas para lidar com questões do dia a dia das relações de uma família empresária, perfil de 90% das organizações no Brasil

Grandes empresas que fazem parte do dia a dia brasileiro nasceram em um núcleo familiar, como a Nadir Figueiredo (que produz copos americanos), a OL Papéis (uma das maiores fabricantes de tissue e fraldas do Brasil) e a Candura (de produtos de limpeza). Esse tipo de negócio representa cerca de 90% de todas as empresas no país, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar do seu potencial, é essencial garantir que obstáculos internos sejam bem administrados para não colocar em risco a longevidade e sucesso dos negócios.

Em um encontro com empresários de empresas familiares promovido pela Fortezza Partners em parceria com o Instituto Lisondo, consultoria boutique com foco no crescimento da empresa e da qualidade de vida na família empresária, foram abordados alguns dos principais desafios de crescimento do negócio e caminhos possíveis para garantir a boa gestão.

Confira a seguir os 5 desafios comuns ao crescimento das empresas familiares:

 

1- Falta de Profissionalização

Muitas empresas enfrentam o desafio da falta de profissionalização, preferem manter a gestão no núcleo familiar que nem sempre possui as competências adequadas. Isso resulta em uma série de dificuldades que podem comprometer a tomada de decisões. “A resistência em trazer especialistas externos e em adotar práticas modernas pode limitar o crescimento e a inovação de uma empresa familiar, além de retardar a adaptação às mudanças de mercado. Uma consultoria externa contribui com um olhar isento e focado no melhor para o desenvolvimento do negócio”, adverte Denis Morante, sócio da Fortezza.

 

2 – Rivalidade velada

Os conflitos entre os membros da família podem prejudicar a gestão da empresa e dividir as pessoas. Para as lideranças se torna necessária a capacidade de conduzir essa dinâmica emocional. “Assim como na família, na empresa existem aspectos emocionais e de propósitos que devem ser tratados com cuidado, é muito fácil para uma empresa com esse perfil ter os seus resultados financeiros prejudicados, assim como a qualidade de vida (famíliar e individual), dos relacionamentos e da comunicação lesados se essas questões não forem tratadas com ajuda externa adequada. Por isso, é fundamental estabelecer canais de comunicação abertos e promover o respeito pelas perspectivas de todas as gerações envolvidas”, destaca Hector Lisondo, fundador do Instituto.

 

3 – Falta de Planejamento Sucessório

Cerca de 12% das empresas familiares do mundo chegam na 3ª geração, transferindo a gestão e o controle para os netos do fundador, segundo a pesquisa Global da PWC em 2016. A baixa taxa de sucesso pode ser fruto da falta de um plano de sucessão bem estruturado, esse é um fator decisivo na saúde da instituição. “A sucessão empresarial não é um processo simples e feito de forma isolada, deve começar com anos de antecedência, com um planejamento que considera não apenas competências técnicas, mas também valores e visão de longo prazo da família e da empresa, com apoio de profissionais”, ressalta Morante.

 

4 – Falta de modernização

O mercado passa por diversas mudanças ao longo do tempo, assim como os membros da família, o que torna necessário se atentar igualmente as duas questões para atualizar as melhores práticas. “Aquilo que funcionou no passado e era suficientemente estável, depois de um tempo se torna ineficaz. Além das necessidades de mercado e da própria sociedade, também é preciso lidar com as profundas transformações dos membros da família empresária e se adaptar para a empresa continuar evoluindo em novos cenários”, explica Valéria Lisondo, sócia do Instituto.

 

5 – Falhas de comunicação

A boa comunicação é um dos conceitos básicos para a vida empresarial, mas quando essa falha, pode ser o centro de um grande problema nas organizações. “Por vezes as pessoas não conseguem unir seus esforços na mesma direção, devido aos fatores relacionais que impedem a sinergia do trabalho ou simplesmente pelo fato de não se comunicarem de forma clara, sem ter uma nítida compreensão para onde a empresa quer caminhar e de que forma cada indivíduo contribui”, finaliza Valéria.

Em um mercado cada vez mais dinâmico, as empresas familiares precisam reconhecer esses desafios e adotar medidas proativas para enfrentá-los. A superação desses desafios pode assegurar a continuidade de negócios bem-sucedidos ao longo das gerações, ou mesmo a conclusão de que é hora de transferir a outro grupo aquela empresa visando a maximização de valor para os membros da família.




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